30 de dezembro de 2010

Copiando e colando:

MODINHA DE FÊMEA
Nada de acreditar nessa historinha de “você já é bonita com o que Deus lhe deu!” Dorival Caymmi, saravá meu pai!, é uma beleza de homem, sábio, mas esse verso, aqui neste catecismo, não soa bem aos ouvidos.
Pinte esse rosto que eu gosto e que é só seu. Com todos aqueles lápis que lhe fazem uma criança brincando de colorir o desejo.
(Xico Sá)

23 de dezembro de 2010

Eu viciei:

Num jogo muito divertido. Imagino que, de fato, numa mesa "de verdade" seria muito massa!

Só clicar AQUI e matar a curiosidade.

22 de dezembro de 2010

Linkando

Escrevi um texto rápido sobre o sofismo na Academia, onde é possível pesquisar qualquer coisa, por mais estúpida que seja. Está postado no blog de um amigo, portanto, clique AQUI para ler.

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Sobre o dono do referido blog:

Estudamos na faculdade de Filosofia juntos, onde começamos uma amizade tão crítica quanto nossas ausências justificadas nas aulas. Hoje Eloi Chad é filósofo, advogado e jornalista.

Bons ventos aos antigos amigos!

19 de dezembro de 2010

Maria Madame (19/12/2010)

Essa banda é queridinha de Sorocaba. Toca muito -- semanalmente e em inúmeros lugares. O tecladista Tiago Giovanni disse, ao término da apresentação, que esse show quase encerrava uma maratona de sete shows. Amanhã, segunda-feira, eles tem o último da semana. Ou o primeiro da próxima.
Acontece que esse ritmo é o agravante da banda: a repetição cria hábitos. Bergson afirma que os hábitos são respostas da inteligência para evitar sobrecarga (não com essas palavras, claro). Maria Madame repete o repertório como uma maneira de não se reinventar a cada apresentação -- diga-se de passagem que seria uma tarefa sobrenatural para quem está tocando, no mínimo, três vezes por semana.
O agravante citado é de ordem apenas burocrática. Isso ocorre porque as músicas que contém o repertório são excelentes e interpretadas da maneira mais pessoal possível. O baterista é pontual, conduz corretamente e tem um bumbo exemplar. O baixo completa a cozinha, contemplando o samba rock mais rock que ouve-se por aqui. Eficiente com sua maquinaria (a case de pedais de efeito do Gustavo tem por volta de um metro de equipamentos) a guitarra envolve e ameniza o suinge marcado pela cozinha. Tiago, prodigioso tecladista, é versátil nessa banda: faz linhas de metais, cria atmosferas para improvisos dos companheiros, sola fazendo referências diversas e tudo isso com sua técnica percurssiva ao digitar as notas. Vocal competente e simpático fecha o círculo.
O show, como conceito, errou na ordem das músicas, saindo de canções exaltadas -- como "Help", da Ana Carolina -- e entrando num universo um pouco mais intimista para, em seguida, voltar aos temas mais dançantes. Gilberto Gil ficou tênue demais diante dos White Stripes. Aliás, a escolha dessa canção mostra que ainda há vigor na Maria Madame. Única música nova do repertório de shows passados, "Seven Nation Army" demonstra que a banda tem pique de garimpar e arranjar as novas idéias. Opção que, seguindo a noção do álbum autoral da banda, diz ao público: "Pinduridéia, e ela revelará uma excelente imagem".
Espero ver a Maria Madame reinventada em breve, abrindo mão -- um pouco -- das já acertadas escolhas e arriscando mais. Espero com a certeza de que é possível, afinal, a banda é formada por músicos de destaque na região, não apenas por talentos técnicos: são figuras criativas. Não escrevo como cobrança, mas como vislumbre do potencial que logo virará fotografia.