29 de junho de 2009

Calça jeans, camiseta colorida, pulôver e mochila.

Na lanchonete do primeiro câmpus da faculdade de filosofia:
Coloquei uma moeda de um real sobre o balcão, imaginando que o café custava o mesmo preço de quando fiz uma pós-graduação naquele mesmo câmpus do primeiro ano da faculdade de filosofia, coisa de 2 anos atrás.
- Moço, o café é um e vint'cinco, disse a garçonete, que aparentava uns 16 anos.
Enquanto acendia um cigarro e procurava as moedas que completariam a soma, o tempo pousou sob meus ombros. Na sequência, ela trouxe o café. Depois de dosar o açúcar:
- Há sete anos atrás -- um gole, um trago -- custava oitenta centavos.

27 de junho de 2009

Michael Jackson

No mítico bar da Nove de Julho:
- Você lembra de mim?
Acanhado em dizer que não, disse que "so, so".
- Prazer, eu sou Van Gogh.
- Mas você está com as duas orelhas...
A frase seguinte veio inaudível, mas o forte hálito de cerveja, misturado a incontáveis cigarros de filtro vermelho chegaram rapidamente.
A pequena coincidência continuaria quando o Van Gogh contou verborragicamente toda a sua obra, suas particularidades, sua relação com Théo e uma implacável análise das cores d"O quarto".
Segue-se uma pausa:
- Meu nome é João, sou pintor, tenho um ateliê na Sta. Terezinha. E disse isso num abraço forte, com o rosto aproximando e voltando para trás, num típico movimento de um bêbado louco e amigo.
- Não ligue, o que estava de costas pra nossa estranha relação no começo da tarde entrava na conversa. Ele é boa gente e o conheço fazem uns 10 anos. Tenho um quadro dele na minha sala. E o Celso (dono do bar) tem um quadro meu, também na sala.
Eram dois pintores. E a conversa passou da técnica de luz e sombra de Caravaggio às inventividades de Picasso em menos de trinta minutos.
Nem preciso dizer que se a vida é feita de encontros, e cada encontro é um susto -- a vida é um susto.

PS: O título, que se refere ao cantor homossexual que tranca a mídia com sua imagem rebuscada de plásticas e esvaída de vida, só foi proposto para que o blog -- de repente -- figurasse em algum tipo de mecanismo de busca da internet, ok?

24 de junho de 2009

Gripe dos porcos.

Em São Gabriel, Rio Grande do SuL, estado de calamidade por conta de Influenza. (Pelo menos saiu na capa da Folha e não é nosso objetivo questionar a veracidade das informações midiáticas, objetividade e neutralidade jornalísticas, etc.)
A verdadeira questão é: que belo nome tem a atendente do guichê número 5, né!?




Geseolaine, eu te amo!

7 de junho de 2009

Domingo na televisão. É crítico.

Fodam-se os mortos do vôo (com ou sem circunflexo) número blablablá. Quero que sejam devorados por tubarões famintos todos os corpos mortos. E que as famílias promovam luto eterno, prosseguindo, assim, essa resignação cristã espetacular.

E que tudo seja assim. Amém.

3 de junho de 2009

A vida é boa!

Gosto de viajar quando o passageiro de trás é homossexual e canta Celine Dion alto, achando que está baixinho. O melhor é, de verdade, quando ele passa para o falsete na subida de tom de "From this moment". Aí sim é que eu penso: a vida é boa e é como a gente quer.