16 de novembro de 2012

Novembro

(16112012)


Sim sou sei sim.
Sou quando sou sim,
Sei ser se sou só.
Ser tão se sou sim.

Sou só se sei
Ser sim sei eu.

Se sei sim sou tão,
Sou sim se só.
Ser isso e sou é só
Saber ser assim
Sou sim.

Sem medo sou.

Se sou só sou
Sei ser mais tão,
Só ser sim e só.

Se são tão,
São só é só tão,
Se sou só se sim.

Noite canta, é só seu grito -
Enquanto assim sou só:
Sim.

5 de novembro de 2012

Algoritmo


Estes não são tempos de gigantes.
Não há mais espaço para tais jogos cênicos:
A expressividade contida apenas no silêncio
Dos passos que evasivo desenho.

É como se houvessem incontáveis destinos
Concorrendo pela perpetuidade do instante.

Hoje é tão-somente o possível.

Estes não são tempos de eloquência.
Não há intervalos nem mesmo esquecimento:
O desejo aponta a quietude
Das linhas imprudentes que com efeito escrevo.

É como se comprimisse todo o conjunto de histórias
Forçando a virtualidade do movimento.

Hoje é tão. E somente.

Estes não são tempos de conquistas.
Não há nenhum sonho a perder:
Um passado determinado a voltar
Doa suas lembranças ao vazio de sempre.

É como se faltasse um impulso
Cindindo os liames do posto presente.

Hoje será.

"A insensibilidade do azul e da pedra."